Who said being a mother was easy?! what about when you're a single mum?... Last Sunday in Portugal, we celebrated Children's Day and, as such, a lot of cities have planned activities for every child. In Lisbon, for instance, dozens and dozens of public spaces have organized different programs to spend family time together. I opted for one, which I had never gone to before, and which was closer to home.
The "Garden of Enchantment" of the Fernando Pessa Garden, in Lisbon. For those who do not know him, Fernando Pessa was one of the most famous Portuguese journalists, invited to the Portuguese section of British television BBC and he once lived in London during World War II. This garden with its name was inaugurated in 2005, the day in which he would be 103 years. It was near there that the journalist lived and used to walk a lot on foot or by bicycle.
The Children's Day party was organized there by the Parish Council of Areeiro, and I must say that everything was just amazing! There were theater, concerts, popcorn and cotton candy, games, face paintings and more. All free.
Needless to say, Bia loved every minute ... And that's what made me think about how this day should actually be celebrated every single day. And I am not referring to the gifts that are often associated with this day and that parents tend to offer their children, but rather the concern of parents to find good activities to spend time with their children. It's just that nowadays, we live in a hurry in a world that almost swallows us with so much stimulation around us and so many things to do.
How many parents don't face daily so little or no time at all to devote to their children? Because they come home too late after a day of work ... or because when they get home they have yet to finish something that they left pending and that is important for the next day of work ... and then begins to lack us the patience, because we think we have no time for anything. And that routine that kills us - home, work, work, home ... every day?
Last year, I started to struggle with this feeling. I felt that I was not having quality time with my daughter and, in fact, I had no right not to give her her mother in those brief hours at the end of a day. Why should I come home, hurried, stressed, and grab a computer to finish things that should have stayed in one place: the workplace?! And being a single mother in a situation like this: who showered the baby? who made dinner? Who gave the baby dinner? who put the baby to sleep?
I know this is not my problem ... there are millions of fathers and mothers going through the same a little around the world. But that's the problem! How far have we come?! Is this really what we want for our lives? Is that even what we want for our children?
This is all to say that it is so good to feel the joy of children with things as simple as we get them to school and not come straight home ... get to go snack or eat an ice cream ... get home and take time to roll with them on the floor ... bathing them to the sound of music and dancing and singing at the same time... watch a little movie with them or read them a story before they go to sleep. That yes, it is healthy.
At some point in our lives we need to think about what is in fact most important... and the children, in my modest opinion, should always be (always) in the first place.
Quem disse que ser mãe era fácil ?! E quando se é uma mãe solteira? No domingo passado, em Portugal celebrou-se o Dia da Criança e, como tal, por todas as cidades foram programadas variadas atividades para os mais pequenos. Só em Lisboa, por exemplo, dezenas e dezenas de espaços públicos organizaram programas diferentes para serem passados em família.
Eu optei por um, ao qual nunca tinha ido, e que ficava mais perto de casa. O "Jardim de Encantar" do Jardim Fernando Pessa, em Lisboa. Para quem não sabe, Fernando Pessa foi um dos mais famosos jornalistas portugueses, convidado para a secção portuguesa da televisão britânica BBC e chegou mesmo a viver em Londres durante a Segunda Guerra Mundial. Este jardim com o seu nome foi inaugurado em 2005, dia em que faria 103 anos. Era ali perto que o jornalista vivia e andava muito por ali a pé ou de bicicleta.
A festa do Dia da Criança foi ali organizada pela Junta de Freguesia do Areeiro, e devo dizer que estava tudo impecável! Havia teatro, concerto, pipocas e algodão doce, jogos, pinturas faciais e muito mais. Tudo gratuito.
Escusado será dizer que a Bia adorou cada minuto... E foi isso que me fez pensar em como este dia deveria ser, na verdade, celebrado todos os dias. E não me refiro aos presentes que muitas vezes são associados a este dia e que os pais tendem a oferecer aos filhos, mas sim à preocupação dos pais em encontrar boas atividades para passarem tempo com os filhos.
É que hoje em dia, vivemos tão a correr num mundo que quase nos engole com tanto estímulo e tantos afazeres. Quantos não são os pais que diariamente se deparam com tão pouco tempo ou nenhum para dedicar aos filhos? Porque chegam demasiado tarde a casa depois de um dia de trabalho... ou porque quando chegam a casa ainda têm de ir terminar algo que deixaram pendente e que é importante para o dia seguinte de trabalho... e aí começa a faltar-nos a paciência, porque achamos que não temos tempo para nada. E aquela rotina que nos mata - casa, trabalho, trabalho, casa... todo o santo dia?
No ano passado, eu comecei a sentir severamente isso tudo. Eu senti que não estava a ter tempo de qualidade com a minha filha e, na verdade, eu não tinha o direito de não lhe dar a mãe naquelas breves horas ao final do dia. Porque haveria eu de chegar a casa, apressada, stressada, e agarrar-me a um computador para terminar coisas que deviam ter ficado no seu devido lugar: o local de trabalho?! E sendo mãe solteira numa situação destas: quem dava banho à bebé? quem fazia o jantar? quem dava o jantar à bebé? quem colocava a bebé a dormir?
Eu sei que isto não é problema só meu... há milhentos pais e mães a passar pelo mesmo um pouco por todo o mundo. Mas o problema é mesmo esse! A que ponto chegámos?! É mesmo isto que queremos para as nossas vidas? É mesmo isso que desejamos para os nossos filhos?
Isto tudo para dizer que é tão bom sentir a alegria das crianças com coisas tão simples como os irmos buscar à escola e não vir diretos a casa... conseguir ir lanchar ou comer um gelado... chegar a casa e ter tempo para rebolar com eles no chão... dar-lhes banho ao som de música e dançar e cantar ao mesmo tempo... ver um pequeno filme com eles ou ler-lhes uma história antes de irem dormir. Isto sim, é saudável.
Em algum momento das nossas vidas é preciso pensar no que de facto é mais importante... e as crianças, na minha modesta opinião, deverão estar sempre, mas sempre em primeiro lugar.